10/11/2010

O teatro grego e o actual teatro: uma reflexão crítica

Um texto da brasileira Valéria Maria de Oliveira* sobre o teatro que, apesar de estar reflectido sobre a realidade brasileira, bem podia sê-lo sobre a realidade portuguesa. Ora leiam (está em português do Brasil) e digam o que pensam...


Dos rituais primitivos e religiosos dos quais estava envolta a antiga Grécia, surgiu a aventura efêmera que atravessaria os séculos: o Teatro. Organizado e formalizado pelos gregos para o espaço cênico, o teatro é até hoje, essencialmente, a arte que trata sobre o homem e a mulher e suas relações com o mundo e todos os acontecimentos que os cercam.

Os gregos nos são, até os dias de hoje, uma constante referência, tanto do ponto de vista artístico quanto do ponto de vista filosófico e, sem dúvida alguma, do sistema social, que hoje nos é quase impossível de compreender em função de tamanha desestrutura que passamos, principalmente no que diz respeito à ordem do pensamento vigente.

Foram os gregos que criaram, dentro do universo artístico, a Tragédia Grega, que fala sempre sobre realidades e mitos. As histórias das tragédias sempre eram conhecidas de todos, falava de heróis legendários, em luta com o austero e implacável destino; e dos deuses, sempre participantes no sentido de recompensar a coragem e punir a rebeldia. E assim, a partir da forma comportamental do herói diante das imposições do destino, organizava-se a ação dramática.

O teatro grego teve como característica principal ser um teatro cívico, sobretudo a tragédia, um teatro como define Barthes que era “sociedade restrita e mundial”.

Falar do teatro grego é sempre motivo e um objeto para grandes polêmicas, teses e dissertações. Mas aqui vamos procurar traçar um campo reflexivo-crítico sobre o nosso pequeno teatro burguês, que reflete o que somos em dias de tanta depuração, tanta ausência de paradigmas norteadores, buscando perceber esse nosso tão famigerado hoje e nada mais.

Muito ao contrário dos gregos, uma boa parcela do nosso teatro atual, não revela mais as questões de ordem social. O teatro hoje esta envolto por uma camada de anestésicos que visam falar do homem e seus conflitos interiores. Claro que a sociedade de hoje, está  muito longe de ter princípios semelhantes aos gregos. Porém, as obras das tragédias gregas ultrapassaram os séculos justamente por não se aterem a falar dos psicologismos das personagens, evitando assim, que o teatro se afastasse do censo de coletivo original.

Os espetáculos na atualidade (e há muito tempo) por uma questão de ordem econômica, e de esvaziamento cultural, estão cada vez mais reduzidos no que diz respeito ao elenco. Assim, ao longo da história, o que era para os gregos o personagem principal: o coro, composto, por muitos, hoje, muitas vezes, é apenas um ator em o palco nu, e uma platéia reduzida aos pequenos espaços de pequenas salas.

Da mesma forma como o coro foi se reduzindo, os espetáculos também o foram, e todo o contexto que o cerca. Assim, das grandes festas Dionisíacas em que estava envolto o antigo teatro Grego, nosso teatro agora está envolto de si mesmo e das suas coisas, que estão somente a um palmo de si.

Claro que o teatro grego, por mais grandiosos que tenha sido na sua forma espetacular e na sua concepção social , estava num contexto de uma democracia que não dava conta de uma parcela da população também, como os metecos, os escravos. E mesmo assim, enquanto uns podiam assistir aos espetáculos, outros trabalhavam para eles. Mas a participação, tanto de um lado quanto de outro, era sempre consciente de uma atitude política.

Parece-me que, enquanto os gregos estavam fazendo arte, também faziam atos de política e de educação, não no sentido banal que estas palavras têm ganho a cada dia na contemporaneidade, muito menos no sentido político partidário. Era uma atitude nata, de quem ocupava o seu lugar civil, de quem ocupava não apenas um lugar na assembléia, mas sim, de quem tinha a responsabilidade civil nos seus atos do cotidiano coletivo.

Hoje, numa sociedade onde o artista passa pela dificuldade de fazer o espetáculo, pois a própria sociedade já se transformou em algo espetacular, fica cada vez mais difícil fazer teatro de uma forma que este tenha o peso de uma responsabilidade com a transformação social, uma vez que o próprio teatrista se vê na dificuldade de uma compreensão mais ampla da sociedade na qual está inserido.

Os espetáculos gregos sempre foram de cunho popular, não apenas porque eram dados ao ar livre como, especialmente, congregavam toda a população, sem delimitação de classes. Os artistas de então, contratados do Estado,  cumpriam uma função educativa, como intérpretes de um estado de espírito coletivo: a democracia.

Em dias tão desajustados, fica cada vez mais distante essa idéia desse teatro responsável como um elemento educativo estético. Cada vez mais se torna difícil manter grupos de grande elenco e estáveis e já arrisco dizer que na nossa sociedade o teatro não é um elemento cuja importância seja real.

Há de forma mais geral duas fortes tendências: a do teatro que opta por um lugar de investigação, que fica mais à margem, e outro que se define pela lógica capitalista, que é o que chamamos de teatro comercial. O Estado restringe-se à administração de verbas e à criação de leis de apoio fiscal para que as empresas privadas viabilizem verbas às companhias teatrais. Conseqüentemente, este fator define o perfil dos espetáculos e atividades culturais. Como os grupos que recebem os apoios fiscais não conseguem sobreviver exclusivamente destes, acabam tendo como opção os trabalhos pedagógicos e ainda os festivais.

Os festivais, em tempos atuais, acabam ganhando um cunho elitista, uma vez que também precisam agradar seus patrocinadores. Muitos fazem circular as produções comerciais e outros, que se colocam como mais alternativos, acabam fazendo circular os mesmos trabalhos e grupos, pois se tornam pertencentes de um núcleo fechado de amigos teatrais.

O grande comungar do teatro com o povo é um pouco raro. Claro que temos no Brasil festivais que, durante suas atividades, dinamizam apresentações em toda a cidade, fazendo circular apresentações em bairros, escolas, fábricas, mas mesmo assim, isso é mais um compromisso de marketing empresarial que um compromisso socio-educativo.Ainda, em grande maioria, as apresentações de festivais estão presas às salas de teatro, que em caso de grandes prédios de teatro, a própria estrutura já inibe naturalmente a entrada de uma classe menos privilegiada. Assim, somente os dados cidadãos de algum poder aquisitivo desfrutam de tal evento. E essa mentalidade revela a forma como pensamos a arte hoje e como os patrocinadores definem, mesmo que sem “imposição”, as estruturas.

Cada vez mais se vê o teatro preocupado em fazer teatro para si mesmo ou para a grande mídia, e os artistas esperando por sua ascensão nos grandes meios de divulgação, esquecido da sua possibilidade de formação, de intervenção social e cultural. Nem poderia ser diferente se vivemos a era da individualidade, onde o texto: “um por todos e todos por um” é apenas uma frase solta que todos julgam interessante, uma vez que foi Alexandre Dumas quem escreveu, mas que todos a deixam fora do plano de atitudes do seu contexto. Claro que não estou pedindo aqui que todos saiam às ruas fazendo teatro e que excomunguem o teatro de sala e o teatro romântico. Mas proponho que se façam a pergunta do por quê cada vez mais estamos indo para pequenas salas e com um número cada vez mais reduzido de pessoas para assistir o feito teatral ?

Seria muito pedir também que perguntássemos qual pode ser a aproximação dos festivais, o dos espetáculos com a população ?

Penso que não. Não seria muito. É possível fazer essa reflexão. É certo que nunca poderemos resgatar a mentalidade grega, até mesmo por que isso seria impossível e tolo, mas se ficaram as Tragédias Gregas é sinal de que podemos nos deixar influenciar por essa cultura, ressignificando-a para o nosso tempo.

Uma vez que o teatro não tem esse caráter civil que os gregos tinham, podemos entrar aqui num problema de ordem de formação. Não seria nenhuma novidade dizer aqui que o nosso sistema educacional no Brasil (poderia dizer de outros lugares também, mas nesse momento me interessa falar da minha própria casa, da minha própria nação) é um sistema que há tempos vive em decadência. Assim, se falarmos do trabalho de formação em teatro, basta fazermos um retrospecto de como se iniciou o ensino das artes no Brasil que logo perceberemos que o teatro está ainda longe de ser um componente dentro da educação.

Com a chegada da “Missão Francesa” no governo de Don João VI instalou-se a primeira escola de Artes do Brasil, que tratou de preocupar-se apenas com o ensino das artes plásticas, além de ter trazido e imposto todo o molde francês para esta. De lá pra cá, é clara a percepção de que todas as estruturas de ensino de artes se deram somente através das artes plásticas, hoje artes visuais. A própria instauração das faculdades de artes, ou melhor a antiga Ed.Artística, tinham seus conteúdos quase que integralmente voltados para artes plásticas, e uma ou outra cadeira voltada à música e ao teatro. Hoje, já temos disponível no país algumas faculdades de teatro que ainda estão nos seus ajustes em função de sua jovialidade.

Então, desde que começamos, realmente não houve nenhuma ocupação verdadeira do teatro dentro das instituições de ensino, talvez porque este seja considerado subversivo, e essa consideração seja algo para arrepiar o conceito de ordem e de democracia em que vivemos em nosso país. Não que o teatro dado na academia vá dar conta de resolver os problemas, mas a criação destas e a formação de professores que possam atuar dentro do ensino fundamental e ensino médio talvez pudesse caminhar para auxiliar na formação de cidadãos melhores consumidores e fruidores da produção artística de sua época, bem como amenizar essa carência dentro das instituições de ensino.

O teatrista de hoje precisa ficar passível de uma transformação muito grande, e zelar ao máximo por sua formação integral como homens e mulheres pertencentes a esse mundo, tanto aquele que se encontra na periferia, quanto nos grandes centros. Não falo aqui em tentar fazer um teatro grego, que era o teatro e a cidade, mas tentar enfrentar sua formação como a única coisa capaz de modificar seu ato, e a construção do seu objeto espetacular, quando o indivíduo se transforma, todo seu contexto se modifica.

Cuidar da nossa formação é não deixar permissão para colonização, não permitir nossa aculturação. Zelar por formação é criar espaços reais de liberdade, é construir identidade e, acima de tudo, é estar preparado para viver esses novos tempos e, quem sabe, criar tempos melhores ou pelo menos mais esperançosos.

Em dias nublados, como os de hoje, longe da antiga Grécia, mais que grandes produções, mais que salas fechadas, mais que nosso umbigo, mais que o fortalecimento de personalidades, necessitamos de apuração de caráter, mais que o simulacro precisamos de ações concretas e verdadeiras de transformação.

Quando o indivíduo se deixa tocar, quando deseja ser tocado, automaticamente se transforma, e quando se transforma o entendimento sobre as coisas, transformam-se também a ética, a estética, a linguagem e estas por sua vez modificam todo um olhar da sociedade, juntamente com outras estruturas. Gostaria de dizer que é possível transformar o olhar do umbigo para o olhar civil. Essa transformação leva o indivíduo a redescobrir recantos adormecidos, a “emocionar-se”, que, na origem da palavra, significa mover-se.



REFERÊNCIAS

BARTHES, R. O óbvio e o obtuso. Lisboa: Edições 70.

CUNHA, J. C da. E o teatro do intérprete. Entrevista. Folhetim, n.14, jul./set. 2002.

FERAL, J. Os gregos na Cartoucherie: a pesquisa das formas. Folhetim, n.14, jul./set. 2002.

*VALÉRIA MARIA DE OLIVEIRA - Atriz e Professora – Universidade do Vale do Itajaí/UNIVALI. Graduada em Artes Cênicas – Especialista em Ensino da Arte: Fundamentos Estéticos e Metodológicos – Mestranda em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC





in luisaortigoso.blospot.com

15/10/2010

O Actor e o Medo

É sempre um prazer apresentar textos de pessoas que gostam de arte, de actores, de teatro, de cinema... Aqui fica um texto, gentilmente elaborado por Susana Sousa, produtora do Grupo de Teatro Actus

"O trabalho do actor constituía para mim um mistério. Enquanto espectadora, sempre me maravilhei com a capacidade de transformação da pessoa em personagem (persona – máscara). Quem conhece pessoalmente alguém com a capacidade de se transfigurar num palco, ao ponto de não reconhecermos a pessoa, saberá a que me refiro. A colocação da máscara é invisível e imediata. No palco não está a pessoa que conhecemos, mas um outro. E isso é fantástico, mas ao mesmo tempo aterrador.

No entanto, desde que trabalho em produção teatral, à medida que vou percebendo os mecanismos por trás dessa magia, os exercícios, os ensaios, o estudo, percebo o que há de complexo e de intenso no trabalho do actor. Não é magia, é muito trabalho e algum talento.

E a emoção, matéria-prima desse trabalho, a verdadeira emoção matriz deste processo, é o medo.

Vejamos algumas declarações de actores, que tenho vindo a recolher:

“No palco sinto-me seguro, embora pareça estar exposto.” – a sensação de segurança versus o medo de exposição.

“Venci a minha timidez no dia-a-dia.” – o medo nos relacionamentos vai sendo atenuado à medida que o actor se expõe em cena.

“Ser outro, ser uma personagem.” – o medo de si é suplantado na medida que se transforma no “outro”. Aí, encontra-se seguro.

“Gosto da adrenalina antes de entrar em cena.” – o medo de falhar, de estar exposto, provoca esta adrenalina, que impulsiona o actor a vencer o próprio medo.

Note-se que o medo não é propriamente algo negativo. É a emoção mais primitiva que carregamos nos genes, desde o período obscuro da vida entre os perigos naturais, dos animais selvagens, das cavernas escuras e frias, do universo totalmente desconhecido. É a emoção que nos permitiu sobreviver. É a emoção que nos fez vencer os perigos, que nos fez criar a luz e as ferramentas de defesa. É emoção que conduz um ser humano a um palco, e o faz fugir ou o impulsiona a vencer essa mesma emoção.

O medo que sinto de pisar um palco é o mesmo medo que faz com que o actor se entregue à personagem que ali irá nascer. "

por Susana Sousa

Susana Sousa
Produtora do grupo de teatro actus
www.teatroactus.com

15/09/2010

Agarrar a câmara com os olhos

No tempo em que as salas de cinema eram palácios, a face de um actor, ampliada num ecrã gigantesco, dominava centenas de pessoas ao mesmo tempo, nos quatro cantos do mundo. Ainda hoje isso acontece, mas os ecrãs diminuíram, o que não impede o olhar de continuar a ser o catalizador da relação do actor com o público. Pode-se fazer cinema das mais variadas maneiras, mas para mim, certamente para muitos, o cinema sem o olhar de um actor não é a mesma coisa.

Aqui, uma cena de "Oito Mulheres" de François Ozon. A grande Isabelle Huppert desmancha por momentos a sua personagem rígida e severa e imprime-lhe uma humanidade avassaladora. A partir dos dois minutos, é a magia.




João Loff

10/09/2010

A Voz

A voz é um dos instrumentos de trabalho de um actor.

Saber tirar partido do aparelho vocal, trabalhá-lo para o pôr ao serviço das personagens, é um dos pontos a tratar no meu módulo.


Só em jeito de presente, aqui vai um exemplo de quem sabe dominar a voz e fazer com ela o que precisa de fazer. A intérprete de Bart Simpson até a cantar consegue ser... Bart Simpson...

Já agora, o seu a seu dono - a voz do Bart é da actriz Nancy Cartwright que, só por curiosidade, também faz as vozes de Ralph Wiggum, Nelson Muntz, Todd Flanders e Maggie Simpson.


Luísa Ortigoso



09/09/2010

Representar vs Interpretar

Apenas palavras diferentes para a mesma coisa?

Defendo que não. Representar está mais próximo da imitação do "boneco", do desenho exterior da personagem. Representar é, quanto a mim, fingir que se é, fazer de conta que.

Interpretar
, por outro lado, é levar a verdade da personagem que se veste ao espectador, construir a partir de dentro, a partir das referências e das memórias afectivas e sociais.

No vídeo que aqui posto, podem ver um Kevin Spacey que não finge que é um homem que acabou de ser assassinado, mas que é um homem que acabou de ser assassinado. Há uma diferença... Ora vejam:



Luísa Ortigoso

08/09/2010

Meryl Streep in Angels in America

Aqui posto um presente para todos. Se ainda não viram "Angels in America", tentem ver - é uma mini série extraordinária, com interpretações também elas extraordinárias. Existe em dvd. Deixo-vos Meryl Streep nessa série em 4 magníficas personagens e, em cada personagem, oferecendo-nos uma verdade indiscutível.



É assim, quando vem de dentro....



Luisa Ortigoso



No princípio era o beijo

O primeiro beijo de sempre da história do cinema. Data de 1896 e imagina-se facilmente o escândalo que suscitou na época. Neste tempo, o cinema pouco era mais do que uma ou outra composição isolada, visível por 5 cêntimos (um níquel) em máquinas, nos famosos Nickelodeons.

06/09/2010

THE shot

Há filmes que, sem serem geniais, nos ficam na cabeça por terem um ou outro momento que nunca mais nos sai da cabeça. E depois há outros que são compostos única e exclusivamente por momentos destes, e merecem automaticamente o estatuto de obra-prima.

Para quem não viu ainda "Goodfellas" de Martin Scorsese, shame on you. Para quem ainda não o viu umas quinze vezes, tsk tsk. Bom, adiante. Quando os moldes do módulo que vou dar começaram a ser desenhados, algumas ideias vieram-me imediatamente à cabeça, sobre diálogos, cenas de filmes, argumentos, e sobretudo PLANOS. Mas uma surgiu de forma mais clara, mais cristalina, um plano cravou-se-me de imediato e aí pensei: "módulo nenhum de acting on screen pode ser dado sem mostrar este plano."

Enquadre-se o momento: Dezembro de 1978. O gang liderado por Paulie Cicero (Paul Sorvino) acabou de limpar mais de 5 milhões de dólares de um terminal de aeroporto da Lufthansa, e entram para a história com um dos maiores roubos conhecidos até então. Parece que vai ser um "Feliz Natal"... ou talvez não. Jimmy Conway (DeNiro) sabe que, exceptuando os seus "irmãos" Tommy (Joe Pesci) e Henry (Ray Liotta), o resto do gang, uma corja de sociopatas gananciosos que não souberam guardar o dinheiro até que a ventania acalmasse, acabará mais cedo ou mais tarde por deitar tudo a perder. É aqui, neste momento, que Jimmy decide que a única solução será eliminá-los. A todos.



Em 24 segundos de plano, sem uma única palavra, apenas com um olhar que parece cortar gelo e um enigmático e infernal sorrisinho no canto da boca, Robert DeNiro escreve um capítulo inteiro sobre o que é isto de "Acting on Screen". Há quem diga que é o seu maior momento. Bem maior do que a mítica cena do espelho no Taxi Driver. Vejam, revejam, absorvam, e inspirem-se. É assim que se faz.


João Loff

SPOILERS AHEAD

PS: Isto é o que acontece mais à frente no filme. Depois de um plano e do mote dado ao som de "Sunshine of Your Love", dos Cream (banda de Eric Clapton), uma montagem ao som de Layla, tema composto também por Clapton. É por estas coisas que eu gosto do Scorsese.
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