Com que então é “simples”! Pois, de facto... o busilis está na “verdade”, não é António? Na verdade da personagem, não na nossa... Em não cair na tentação de impôr a nossa verdade à personagem, em não cair na armadilha de a julgarmos...
É no nosso ego que topeçamos, sempre que agarramos uma nova criatura (uma nova personagem). Tropeçamos no que não queremos revelar de nós, no que nos assusta reconhecer em nós. Tropeçamos nos nossos julgamentos, nas nossas crenças, na imagem de nós que queremos(cremos) mostrar aos outros.
É que antes de ser actor, o actor é uma pessoa. É por isso que acredito que para se trabalhar o actor se tem, primeiro, de trabalhar a pessoa.
Serve a pequena história para vos dizer por que acredito nesta “A Matriz – Actor 1.0”. Esta é a base – “da pessoa ao actor, o upgrade necessário”. Este é o encontro com a verdade de que António Assunção falava, naquela tarde de Verão, há 30 anos atrás.
Luísa Ortigoso |
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